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sábado, 4 de abril de 2009
A posição da Turquia sobre a nomeação do secertário-geral da OTAN
Apesar de estar ciente de que o actual governo e presidência turcos pendem para o lado do radicalismo islâmico, embora moderadamente (não me enganei a escrever: é mesmo possível um radicalismo moderado, de que a política turca é exemplo), admirei-me sobre a alegada oposição da Turquia à nomeação de Rasmussen como novo secretário-geral da OTAN. Tal oposição não só era, em primeiro lugar, despropositada, já que as críticas dos islamistas à recusa de Rasmussen em pedir desculpas quando da publicação das caricaturas de Maomé apenas revelavam incompreensão do que é a liberdade de expressão nas democracias e do poder dos governos democráticos para a controlar, como, em segundo lugar, a Tuquia só tinha vantagem em manter a sua política moderada e o seu respeito pela tradução secular se queria continuar a servir de ponte entre o ocidente e os outros países muçulmanos.
Prevaleceu o bom senso, por melhor compreensão do problema ou por pressões dos restantes parceiros na OTAN. Foi melhor assim.
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