terça-feira, 28 de outubro de 2014

Perca grelhada

Apesar de não ser cliente do BPI, ou talvez por isso mesmo, tenho grande consideração por Fernando Ulrich devido às suas opiniões acertadas e ao modo desassombrado como as expõe. Não consigo, contudo, compreender o receio que Ulrich manifestou de ter uma perca se a vende do Novo Banco não compensar o dinheiro com que o Fundo de Resolução contribuiu para a sua capitalização. Uma perca? Será que o patrão do BPI não gosta de peixe ou apenas de perca? Por mim, gosto muito de uma boa posta de perca grelhada. Já não aprecio o sabor do robalo.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Má informação

Demasiadas vezes damos com informação errada nas nossas televisões. Os mais desprevenidos podem ficar mal informados ou pelo menos ficar com dúvidas. Vejamos 3 exemplos recentes:

1) Na proposta do Governo para o Orçamento de Estado para 2015, propõe-se que "o IRC baixe de 25% para 23%" (lido num rodapé durante um noticiário). Errado: Esta baixa já é histórica. O que agora se pretende é reduzir de 23% para 21%.

2) "A proposta de OE contém a reposição de 20% dos salários dos funcionários públicos" (Ouvido num noticiário). Errado: O que se propõe é a reposição de 20% dos cortes actualmente em vigor dos salários dos funcionáriso públicos. Substancialmente diferente.

3) "Segundo a proposta de OE os subsídios dos funcionários públicos e dos pensionistas do Estado serão pagos em duodócimos" (Lido num rodapé). Errado: Só o subsídio de Natal se mantém em duodécimos; o subsídio de férias será pago, como em 2014, todo de uma vez.

Cheias sem solução. E o País?

Ontem, ao ouvir a notícia de que António Costa afirmara que as cheias em Lisboa não têm solução, pensei logo que tal personagem não poderia nunca ser Primeiro Ministro de Portugal, ou arriscávamo-nos a ter um governante que chegava à conclusão de que o País não tinha solução, o que acabaria, por este facto, por ser verdade. Afinal, ao ler hoje a notícia mais desenvolvida das declarações do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, tive de chegar à conclusão, apesar do título parecer confirmar a minha impressão, de que o meu juízo precipitado tinha talvez sido injusto e que Costa tivera alguma razão ao dizer que o plano de drenagem da cidade pode permitir para minorar o problema das cheias, mas que, devido ao grau de impermeabilização dos espaços da cidade, situações como as que se viveram na Segunda-feira podem apresentar"menor grau e ocorrer menos vezes”, reconhecendo assim que o plano, sem resolver na totalidade o problema das cheias, poderá contribuir para o minorar. Afinal, afirmações sensatas, mais do que o título enganador da notícia de que "não existe solução para as cheias". Só não posso concordar com a tese de que as sargetas estavam limpas. Por observação directa, posso afirmar que, pelo menso em certos casos, estavam entupidas por falta de limpeza, o que aliás já é habitual.

sábado, 11 de outubro de 2014

Perder milhões

Ao contrário de algumas pessoas, não tenho o mínimo receio de que seja retirada da minha conta bancária "uma fortuna", seja fraudalentamente ou não. Segundo algumas notícias, a fortuna perdida por Carlos Queiroz chega a "milhões". Ora aí está: Será completamente impossível retirar milhões de qualquer conta, aplicação financeira, investimento, carteira ou bolso meus.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Primárias já no PSD

Segundo uma breve notícia ouvida ontem, hoje repetida e desenvolvida no DN, «apoiantes de Rui Rio apelam a que se realizem eleições primárias no PSD "já"». Terão estes "apoiantes" a noção da confusão que resultaria no espírito dos eleitores do PSD este desafio neste momento? Com o OE em finalização e prestes a ser discutido na AR, submeter o PSD ao mesmo processo desgastante que sofreu o PS só poderia prejudicar o partido, já para não falar na coligação da actual maioria e na possibilidade de negociar nova coligação para as legislativas. E, na intenção desses apoiantes de Rui Rio, essas primárias seriam, como no PS, abertas a simpatizantes? Duvido que Rui Rio, que me parece ser uma pessoa sensata, concorde com este golpe. E, se concordar, é sinal para mim que não é tão sensato como eu sopunha.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Relâmpago mortal

Não é preciso ser-se físico nem ter conhecimentos aprofundados de electricidade para saber que a causa das trovoadas está nas cargas eléctricas que se criam nas núvens e que a diferença de potencial eléctrico entre estas e a terra ou entre diferentes camadas de núvens pode dar origem a descargas violentas, designadas vulgarmente por raios. O clarão provocado pelos raios é o relâmpago. O estrondo que resulta da descarga eléctrica é o trovão. Como é sabido, o relâmpago precede o trovão devido à diferença entre as velocidades de propagação da luz e do som e o lapso de tempo que decorre entre as duas recepções depende da distância a que a trovoada está do observador. Posto isto, é evidente que o perigo reside apenas no raio; a luz e o som podem ser tremendamente assustadores, mas não são perigosos. Tudo isto é do conhecimento comum. Pois ainda hoje um jornalista noticiou, na TVI24, a morte de 11 índios colombianos e ferimentos noutros 18 em consequência de um raio dizendo que "11 pessoas morreram e outras 18 ficaram feridas depois da descarga provocada pelo relâmpago". Até parece que o clarão é que provocou a descarga que esteve na origem das mortes e ferimentos. Tudo ao contrário.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Visita Guiada

Visita Guiada é um programa da RTP, actualmente apresentado na RTP2, da autoria de Paula Moura Pinheiro, que dá a conhecer tesouros do património cultural português. E dá-os a conhecer de uma maneira viva e directa que é pouco habitual e faz com que cada programa mantenha o interesse do princípio ao fim. Hoje, o programa sobre os Templários e as suas relações com Portugal, com particular incidência no Convento de Cristo em Tomar, foi simultâneamente didáctico, informador e repleto de beleza.