No blog Portugal Contemporâneo, Pedro Arroja sugere a proibição dos partidos políticos e a instauração de uma democracia sem partidos. Os argumentos sobre os malefícios dos partidos são apresentados extensivamente. São argumentos na sua maioria válidos, na minha opinião. No entanto Pedro Arroja advoga, no lugar da democracia partidária, uma democracia directa.
Assim como o capitalismo, com todos os seus grandes defeitos, ainda é o melhor sistema económico inventado até agora, a democracia partidária também ainda não tem alternativa à altura. O Prof. Pedro Arroja não respondeu ainda às dúvidas expostas nos comentários à sua proposta de proibição dos partidos nem esclareceu como concebe uma democracia sem partidos. Democracia directa baseada em referendos é coisa que não vejo como pode funcionar. Não haveria parlamento? Como se escolhia o governo, se é que haveria governo? Quem fazia as perguntas que iriam a referendo? Seria possível fazer referendos com a frequência necessária para resolver os problemas do país? Um referendo por semana? Por dia?
Proibir partidos? Logo se formariam movimentos de cidadãos ou clubes cívicos ou grupos de pressão ou lobies e ficávamos na mesma ou pior.
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