Sou o mais possível a favor da educação. Os nossos baixos níveis de escolaridade são, certamente, causa do nosso atraso. Mas desde que foi fixado como objectivo, penso que ainda no governo de Durão Barroso, levar a escolaridade obrigatória do 9.º ano actual para o 12.º ano que tenho sérias dúvidas sobre a bondade dessa medida, retomada por Sócrates no programa do governo e agora reafirmada e a ser concretizada a breve prazo.
No entanto o coro de elogios e a unanimidade em torno dessa medida quase me fizeram duvidar da razão das minhas dúvidas. Felizmente hoje o espírito esclarecido de Santana Castilho veio esclarecer-me de modo exemplar no seu artigo no Público "Uma espécie de Jihad educacional". Vale a pena ler o artigo na íntegra. Na impossibilidade de o reproduzir aqui, cito a frase que me parece fulcral: "Por ser obrigatória, a escolaridade não é sinónimo de mais e melhor educação."
Com o grau de abandono escolar que temos, a desmotivação de muitos professores e o facilitismo tornado norma, haveria medidas mais urgentes e eficazes para melhorar a educação sem obrigatoriedades forçadas.
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