sexta-feira, 24 de abril de 2009

Lido no Correio da Manhã digital:


«24 Abril 2009 - 00h30
A Voz da Razão
Salazar ao largo
Coisa fatal: a Câmara de Santa Comba Dão resolve atribuir o nome de Salazar a um largo do município e logo se levantam vozes iradas contra ‘a longa noite fascista’. Ponto de ordem: é--me indiferente que Salazar tenha direito a rua, viela ou beco.

Se o homem é filho da terra, a terra que se entenda com ele. Mas estranho que os profissionais da indignação moral não levantem dúvidas sobre outras ruas, vielas ou becos que ostentam pacificamente os nomes de reis tirânicos (que os houve), déspotas iluminados (idem) ou jacobinos revolucionários (ibidem).

Sem falar da Margem Sul, onde os psicopatas do marxismo têm direito a celebração toponímica. Quando se confunde a história de um país com uma fotografia estalinista, não há nenhum motivo para dar descanso ao apagador. Vamos começar?
João Pereira Coutinho, Colunista»

Concordo só em parte. Curiosamente nas reportagens sobre este caso na TV só vi indignação da parte do dirigente da UMAR. Os habitantes de Santa Comba Dão mostraram aprovação ou indiferença. Portanto que deixem o nome do largo ficar como estava. Nunca tive qualquer apreço por Salazar e não aprovava a sua política. Considero que foi um ditador e que a maior parte da sua acção prejudicou o desenvolvimento de Portugal, para não falar da liberdade. Mas se a sua terra natal quer ter um largo com o seu nome, que o tenha, em nome da liberdade que não existia no seu longo consulado. Agora que se ponha o apagador a trabalhar sem descanso para destruir a "celebração toponímica" marxista na margem Sul, aí deixo de concordar com João Pereira Coutinho, em nome da mesma liberdade.

Sem comentários: