quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Haverá acordo? Será durável?

Na entrevista que Jerónimo de Sousa acaba de dar na SIC a Ana Lourenço, o Secretário-Geral do PCP não voltou a falar em "reuniões inconclusivas". Mas as suas respostas e o modo como fugiu a responder claramente a algumas questões, obrigando Ana Lourenço a alguma ginástica para lhe arrancar respostas minimamente informativas, leva-nos à conclusão de que mesmo que venha a ser celebrado um acordo PS-PCP (o acordo com o BE não parece oferecer problemas idênticos) será um arranjo que não assegura seriamente o apoio do PCP. Mais uma vez, Jerónimo afirmou que o PCP, por princípio e por respeito com o seu compromisso eleitoral, no Parlamento votará a favor do que for positivo para o povo e para os trabalhadores e votará contra tudo o que for negativo. A conclusão que se tira da sua atitude durante toda a entrevista é que o PCP faz questão de que o acordo respeite as suas exigências, nomeadamente a devolução aos funcionários públicos e aos pensionistas do que lhe foi "roubado". Se estas exigências fizerem perigar o respeito pelas metas do défice, o PS que encontre modo de lhe dar a volta, o PCP, que nem concorda com o Tratado Orçamental, não se compromete a desistir do que considera necessário ou a estudar o modo de compensar a despesa ou perda de receita extra. Este raciocínio foi claramente definido, embora não por estas palavras.

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