Já se sabia que os prémios Nobel da literatura e da paz são concedidos segundo critérios políticos (Felizmente os prémios Nobel das áreas científicas não parecem sofrer desta pecha!). Mas agora fica-se a saber, ou melhor, a confirmar, a área política a que obedece o prémio da paz: a da esquerda. Obama prémio Nobel? Que fez ele de notável nesse campo para além de promessas ainda não concretizadas? Que paz conseguiu, em que país? Que acordos alcançou? Que tratados promoveu ou assinou? O anúncio oficial do prémio era aliás indicativo de que se tratava de premiar esforços, promessas, tentativas. O que parece evidente é que se trata de exercer uma forte pressão para que Obama retire rapidamente do Iraque, não mande mais tropas para o Afeganistão e chegue com urgência a acordos com o Irão. A concessão do Nobel não vem, neste caso, premiar o que se fez, mas sim indicar o que tem de ser feito, sob pena de perda de dignidade e de aceitação internacional, pelo menos junto dos sectores que aplaudiram a eleição de Obama pelas esperanças, ainda não concretizadas, de inflecção total da política internacional dos Estados Unidos.
Depois de escrever este postal, encontrei este outro, com o qual estou 100% de acordo.
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