quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Especular é preciso (do blog Corta-fitas)

Falta-me o tempo e a paciência para escrever aqui. Não faltaria matéria para comentar.
Limito-me a transcrever, com a devida vénia, a seguinte mensagem do Corta-fitas:

«Para que não se julgue que eu não sou capaz de fazer também especulações políticas de fino recorte, aqui vai. Cavaco recebe Sócrates amanhã, faz depois a ronda pelos partidos e diz então ao secretário-geral do PS: “Já percebi que não consegue formar coligações, nem sequer garantir apoio maioritário para o seu Governo no Parlamento. Tratou tão mal os outros partidos quando tinha maioria absoluta que agora eles não o querem ver nem pintado e não adianta pedir batatinhas. Além disso, não confio em si a nível institucional. Por isso, o seu partido que arranje outro para eu nomear primeiro-ministro. Podem ser o Teixeira dos Santos ou o Vieira da Silva, que talvez não se vistam tão bem como o senhor, que podem até não ter penteados tão bonitos, mas pelo menos percebem minimamente como se governa. Ah, não querem? Então presidencializo já isto e nomeio o Professor Luís Campos e Cunha, personalidade independente de reconhecidos méritos, para formar Governo.”


publicado por Duarte Calvão»

O seguinte comentário, de Pedro Correia, dá mais sabor ao postal:

«Duarte, tens que te esforçar um pouco mais nesta tua nova faceta de criador de factos políticos. Porquê Luís Campos e Cunha, um homem que entrou em depressão ao fim de três meses no Governo, e não Henrique Medina Carreira, 'lui même'?
Convenhamos que seria tudo bem mais divertido.»

A consideração que me merece Henrique Medina Carreira, cujo espírito lúcido já aqui louvei, leva-me a acrescentar que, se fosse possível, só não resultaria porque Medina Carreira não conseguiria arranjar ministros para o seu governo (ia a escrever "ministros à altura", mas retirei o "à altura porque ninguém mesmo teria o espírito de sacrifício de integrar tal governo).

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