domingo, 8 de novembro de 2015

O futuro de António Costa é causa de preocupação

Diz que "o acordo à esquerda está fechado" ("o acordo"?? Não será antes "os acordos"???). Isto significa que Costa aceita as condições impostas pelo BE e pelo PCP nas condições em que estes se dignaram apresentá-las. Está portanto decidido a apresentar uma moção de rejeição autónoma do programa do Governo PSD/CDS. Presume-se que os 2 partidos de extrema-esquerda apresentarão também cada um a sua moção. É quase certo que alguma das 3 moções terá os votos necessários para derrubar o Governo (Claro que pode acontecer que cada partido se recuse a votar favoravelmente as moções dos outros por não concordar com os considerandos, mas mesmo neste caso pouco provável, o Governo de Passos não deve escapar pois deve ser possível os partidos combinarem-se para redigir uma moção conjunta que seja aceitável por todos). Se o Presidente Cavaco as julgar aceitáveis e consistentes e o indigitar para formar governo, Costa conseguirá finalmente ter o desejado título de Primeiro-Ministro e começará a governar, refém da extrema-esquerda. O poder do PS é mínimo. Se tiver necessidade de legislar medidas extraordinárias para manter a execução orçamental dentro dos limites impostos, corre o risco de ver os parceiros votarem contra e não é certo que conte com a complacência do PSD e do CDS depois da partida que lhes pregou.

O que me preocupa é que Costa, se o Governo cair, não terá condições para continuar como Secretário-geral do PS e, como não tem qualquer profissão que não seja político, pode ficar no desemprego. Se for esperto, fará votar logo uma lei que dê um bom subsídio de desemprego aos políticos desempregados.

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