terça-feira, 16 de maio de 2017

Crescemos 2,8%! Estamos todos felizes!

Graças à boa governação, não sabemos bem se do actual Governo se do anterior, conseguimos crescer 2,8% no 1.º trimestre de 2017 em termos homólogos. É bom, é muito bom. E temos alguma razão para nos alegrarmos. Mas ficar alegre é muito diferente de ficar feliz. Ficar feliz com este resultado pontual, mesmo afirmando que não se embandeira em arco, é falta de análise da situação e de perspectiva a prazo. Mas há duas coisas que não consigo compreender: 1) Que lógica tem o PM vangloriar-se com este resultado quando resulta de ter abandonado totalmente a linha de provocar o crescimento pelo consumo que vinha seguindo? 2) Como pode haver quem diga que o crescimento resulta do aumento dos rendimentos das famílias quando o principal factor foi a exportação e o segundo foi o investimento e o consumo não cresceu? As famílias (algumas famílias, diga-se, principalmente as dos funcionários públicos) viram os seus salários repostos depois dos cortes a que a troika nos obrigou (não se esqueça, os cortes começaram com Sócrates e os do tempo da troika resultaram do acordo assinado por este) e em consequência as empresas desataram a exportar mais! Alguém vê a lógica deste raciocínio? Eu não.

2 comentários:

Anónimo disse...

Gosto da ironia involuntária quando diz a terminar o texto: "Alguém vê a lógica deste raciocínio? Eu não". De facto, nada do que diz faz muito sentido, mas deve ser porque a azia lhe tolda o raciocínio. Se me permite, sugiro umas pastilhas Rennie.

Cumprimentos.

Freire de Andrade disse...

Caro anónimo,
Não aprecio comentários anónimos, mas agradeço o seu conselho. Acontece que não sofro de azia. Se em vez de tentar diagnosticar o meu estado de saúde tentasse explicar porque acha que nada do que eu digo faz muito sentido, talvez eu pudesse corrigir o meu pobre raciocínio toldado.