sexta-feira, 14 de junho de 2013

Textos muito actuais

Não resisto a transcrever, do Corta-fitas, que por sua vez o transcreveu do Expresso, esta transcrição de outra época com problemas parecidos:

«Quinta-feira, 13 de Junho de 2013

Para abrir caminho a que tipo de aventuras?


"Jogando com os descontentamentos naturais, sem contudo se apresentar qualquer programa coerente alternativo, intencionalmente procurou fomentar-se um clima deletério, de descrença generalizada, de pessimismo total, assacando culpas ao Governo - a este Governo - esquecendo o passado ainda tão próximo, denegrindo por sistema, entravando ou mesmo sabotando iniciativas em curso, silenciando ou minimizando os aspectos positivos de uma actuação que todos sabem ser feita em condições singularmente difíceis, que se pretende? Mas como, se parece difícil fazê-lo no Parlamento, que é o único sítio, em democracia, onde se devem derrubar legitimamente os governos? Na rua? Para dar lugar a que confrontações e a que novo surto de anarco-populismo? Desagregando-o por dentro, desencorajando as pessoas e tentando destruir as suas imagens políticas? Para abrir caminho a que tipo de aventuras?"

Mário Soares, 31 de Maio de 1984
(in "Vale Tudo", crónica de Rui Ramos, Expresso 8 de Junho 2013)»

A sério que li até ao fim pensando ser um desabafo do actual Governo.

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