quarta-feira, 12 de junho de 2013

Não há um teimoso sem dois

Mário Nogueira, Secretário Geral da FENPROF, acusa o Ministro da Educação de "preferir o confronto". Claro que se Nuno Crato tivesse abdicado de defender um normal decorrer dos exames, os interesses dos alunos e a defesa do trabalho dos professores seria considerado amigo do diálogo e do consenso. O diálogo e o consenso têm alto valor, mas não são condição necessária e suficiente para assegurar sempre e em todos os casos as melhores soluções políticas. Quando o diálogo não produz frutos e o consenso não existe de facto, tem de haver coragem da parte de quem exerce o poder democrático para impor as soluções que se julgam melhores. De outro modo seria a anarquia. Neste caso não é apenas os interesses dos professores que está em jogo, é também o dos principais prejudicados com a greve aos exames: os alunos (e as suas famílias, como sei por experiência própria duma passada greve dos professores aos exames). Assim, o confronto era inevitável, e tanto se pode acusar o ministro de o preferir como o próprio Mário Nogueira. Não há um teimoso sem dois.

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