terça-feira, 27 de novembro de 2012

Aprovação do OE

Sou dos muitos que se congratularam com a aprovação do OE 2013, apesar de prejudicado pessoalmente nos meus rendimentos e também familiarmente nos respectivos. Mas não gosto de viver à custa de dinheiro emprestado, portanto suporto o sacrifício (ou pelo menos julgo que serei capaz de suportar).

Segui com interessa alguns momentos do debate de hoje antes da aprovação. Retive principalmente duas frases de representantes da oposição que demonstram uma certa confusão mental. Penso que não queriam bem dizer o que disseram ou não deram pelas contradições do discurso. Lá vai:

António Filipe (PCP) afirmou: "Não há alternativa com esta política." Então, se não há alternativa, porque votou contra? Os deputados do PCP estão fartos de dizer que há alternativa, e vêm agora dizer que não a há? Pensou no que disse?

António José Seguro, sobre as previsões da OCDE de maior recessão e mais desemprego hoje anunciadas disse que este anúncio "significa que terá de haver mais austeridade, mas a austeridade não resolve os problemas do país." Parece uma confissão de que quando há recessão e quando o desemprego aumenta terá de haver mais austeridade, ou seja, a austeridade é a resposta necessária ("terá de haver") a essas situações. Mas se não resolve os problemas, porque é que terá de haver mais? Onde está a lógica?

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