terça-feira, 22 de setembro de 2015

Quotas, divergências e números

A informação sobre as decisões tomadas hoje pelos ministros do interior reunidos em Bruxelas são contraditórias. Ouvi diferentes jornalistas afirmar que tinham sido definidas quotas obrigatórias enquanto outros disseram que eram facultativas, ouvi que os países que votaram contra a decisão final foram a República Checa, a Eslováquia, a Hungria e a Roménia, mas pelo menos um jornalista acrescentou-lhes a Polónia, que parece, segundo outros, ter afinal votado a favor. Não se sabe se os países que votaram contra se recusam em absoluto a aceitar refugiados ou se apenas querem serem eles a fixar o número de migrantes que podem aceitar. Sobretudo não veio a público qualquer informação de como será seleccionado o contingente de cada país e como se obrigarão os refugiados a fixarem-se nos diferentes países, principalmente se se terá em conta as preferências dos próprios ou não. Também não se sabe se depois de colocados em cada país os refugiados terão liberdade de se deslocarem no espaço europeu ou no espaço Schengen. A terem essa liberdade, a fixação de quotas perde qualquer significado. Esperemos que a reunião de chefes de estado e de governo de amanhã esclareça estas dúvidas.

O que é preocupante é, numa questão tão importante que tem a ver com a soberania dos estados, não ter havido consenso.

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