terça-feira, 30 de julho de 2013

Jerónimo e a luta do povo

Jerónimo diz que «se hoje este Governo está mais isolado isso deve-se não às suas contradições internas mas fundamentalmente à resposta de luta que os trabalhadores têm dado ao longo destes meses». É preciso ter prosápia. Jerónimo sabe que as movimentações de massas que o PCP e a sua correia dxe transmissão, a CGTP, têm promovido conseguem reunir cada vez menos manifestantes. Sabe também que, embora as sondagens mostrem uma grande erosão eleitoral do PSD desde as últimas leições e mais recentemente também do CDS, nas últimas sondagens que têm vindo a público a soma das intenções de voto no PSD e no CDS aproxima-se mesmo assim de um terço do eleitorado (Pitagórica, 2 de Julho: 32,8%; Eurosondagem, 10 de Julho: 33%; Aximage, 11 de Julho: 33,8%), inferior mas perto dos números do PS e muito superior às votações no partido de Jerónimo, ou melhor, na coligação defendida por Jerónimo, já que o PCP nunca concorre isolado (respectivamente 13,2%, 12% e 10,5%). Gabar-se de ser "a luta dos trabalhadores" que tem "isolado" o Governo, quando o PCP está muito mais isolado, é querer enganar quem o ouve.

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