Como era de prever, a Irlanda foi obrigada a ceder e prometeu fazer novo referendo sobre o Trtado de Lisboa até ao fim de 2009, a troco de promessas de resolver os assuntos que se supõe serem mais polémicos e terem sido a razão do "não" maioritário no primeiro referendo: Assim foi nomeadamente prometido que a Irlanda manterá o seu comissário e que não será obrigada na modificar as suas leis que penalizam o aborto e a eutanásia.
Segundo uma notícia, que não ouvi repetida por mais nenhuma fonte, a manutenção do comissário não será exclusiva da Irlanda, mas sim de todos os 27. A ser verdade será a única solução lógica; não se entenderia que, apesar da redução do número de comissários, apenas a Irlanda visse o seu lugar assegurado. Mas então isso não implicará uma alteração do tratado que terá de ser novamente aprovado e ratificado por todos os estados? E se houver mais países aderentes à UE no futuro, será que estes também terão um comissário cada?
Mas o que mais me chocou foi a notícia dada pelo correspondente da RTP em Bruxelas, José Esteves Martins que declarou: "A reunião começou com uma boa notícia: a Irlanda prometeu repetir o referendo até ao fim de 2009." Parece-me uma grave falta de ética jornalística designar esta notícia como "boa". A mim e a muita gente parece uma má notícia. O jornalista não deve emitir juízos de valor sobre o que lhe parece bom ou mau, deve limitar-se a informar.
1 comentário:
Tem toda a razão. Mas os jornalistas e repórteres de hoje em dia acham que nós estamos interessados nas suas opiniões.
Presunção e água benta...
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