terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Dívidas

Suponhamos que uma honesta dona de casa, a que poderemos chamar D. Teresa, está com dificuldades económicas. A conta na mercearia tem aumentado e a honesta D. Teresa não sabe como a vai poder pagar, até porque tem outras despesas inadiáveis, não só a prestação da casa, mas também a água, a electricidade, a TV por cabo, o telefone, o colégio dos filhos, a conta da farmácia, o cabeleireiro, etc.. Felizmente que, ao contrário de outras contas, o Sr. José da mercearia lhe tem fiado os artigos indispensáveis para alimentar a família, ao passo que a EDP, a EPAL, a PT, e outros fornecedores, mesmo a simpática Sr.ª Madalena, do cabeleireiro, não são tão compreensíveis e podem cortar-lhe os respectivos serviços se não os pagar nos prazos determinados. Mas agora até o Sr. José vem insistindo para pelo menos pagar os créditos mais antigos, fazendo notar que ele próprio não vive desafogadamente e a mercearia tem despesas inadiáveis, para já com os fornecedores. Depois de muito cogitar, a D. Teresa resolveu ir falar francamente com o Sr. José e propor-lhe um plano: ´Depois de explicar as suas dificuldades, pediu que ele lhe perdoasse metade da da dívida e que lhe desse um prazo muito alargado para pagar o restante. Perante a recusa do Sr. José, desistiu do perdão parcial, mas suplicou que aliviasse as condições de pagamento e lhe concedesse ainda um crédito para os alimentos mais urgentes, para os quais não tinha dinheiro. Tendo o Sr. José sugerido delicadamente que deixasse de pintar o cabelo e suspendesse a TV por cabo, a D. Teresa acusou-o de se estar a meter na sua vida, que tinha todo o direito de tomar decisões sobre a sua vida, e de estar a tentar chantageá-la e a ser injusto, já que o Sr. José também tinha TV por cabo e a sua mulher também is regularmente ao cabeleireiro e pintava o cabelo.

Perante estas circunstâncias, que atitude deverá tomar o Sr. José?

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