domingo, 22 de fevereiro de 2015

A questão do momento

A questão do momento não é se o documento que o governo grego entregou hoje ao Eurogrupo, para apreciação das medidas que vai tomar, vai ou não ser aceite, ou como vai o povo grego reagir ao acordo a que Varoufakis chegou com os restantes parceiros do Eurogrupo, ou ainda se vai o governo grego conseguir manter parte substancial das suas promessas eleitorais e mesmo assim cumprir o acordo. Tudo isso são questões que, por importantes que possam ser para o futuro da União Europeia, não parecem preocupar minimamente os partidos e movimentos de esquerda nem os comentadores de diversas sensibilidades como Adão e Silva, Costa Pinto, Marques Mendes e Rebelo de Sousa. Não, o foi hoje assunto de comentário de toda esta gente foi se o Governo português e em particular a Ministra das Finanças seguia fielmente ou não as ordens de Schäuble e de Merkel e, ainda mais, se tinha recomendado firmeza ao ministro alemão. Por arraste a questão do momento é se Portugal se inclina subservientemente ou mesmo se se põe de joelhos perante a Alemanha. (Também poderia ser se a Alemanha aceita as sugestões de firmeza de Portugal.) Magna questão. É a política no seu aspecto mais puro! Tudo o resto é secundário...

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