sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Eu não diria melhor

Mais uma vez, poupo trabalho e tempo reproduzindo o artigo de outro blog, neste caso do Corta Fitas, porque estou inteiramente de acordo com o que aí é dito.

«A comunicação social que temos...
por Vasco Lobo Xavier, em 06.11.14
O PCP defende que, em 2016, o salário mínimo deve ser de 600 euros e a comunicação social faz eco acrítico disso, como se fosse possível. O líder da CGTP diz que recusa a desculpa de que não há dinheiro e ninguém o interpela para saber onde ele o vai buscar. O Bloco apregoa que a austeridade não funciona como elemento de consolidação das contas públicas e não há um microfone que o interrogue como é que o desbaratar de dinheiro que não existe fará a consolidação das contas públicas. Freitas, Félix, Carvalho da Silva, Louçã e outros, sempre contra qualquer corte da despesa pública, contra aumento de impostos, e críticos de cada vez que o Estado se arrisca a não cumprir o défice ou as previsões, exigem agora que o Estado gaste uma catrefada de centenas de milhões de euros dos contribuintes na PT, coisa que os media divulgam aplaudindo. O desemprego desce e a TVI vai para a porta dos centros de emprego interrogar as pessoas desempregadas. PCP e Bloco desmentem o INE em todos os noticiários e ninguém se lembra de lhes perguntar em que estudos, análises ou estatísticas foram eles basear-se para tais afirmações.
A Troika, com o FMI à cabeça, passou a ter razão plena a partir do momento em que criticou o Governo, e com o aplauso entusiástico de toda a oposição, não obstante as críticas se centrarem no aumento do salário mínimo aprovado pelo Governo e na diminuição de austeridade. O INE só é uma entidade boa, séria e credível quando o desemprego sobe. Acaso desça o desemprego, o INE passa a ser o pior dos malfeitores. Ler os jornais ou ouvir noticiários passou a ser um enjoo. E ninguém se indigna.

A única coisa que este país merece, mesmo, é a comunicação social que tem.»

Eu não diria melhor.

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