segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ainda Vasco Graça Moura, no seu aspecto anti-acordo

Hoje de manhã vi na RTP que a micose designada como pé-de-atleta se deve escrever "pé de atleta" sem hífen! Não viu, quem fez a insensata regra de tirar o hífen às palavras compostas que adquirem novo significado, como a referida, que "pé de atleta" designa a extremidade do membro inferior de um indivíduo que pratique atletismo, enquanto que "pé-de-atleta" é uma doença, uma micose, que ataca os dedos dos pés de pessoas infectadas pelo fungo causador, sejam essas pessoas atletas ou não.

Claro que o chamado acordo ortográfico tem este e muitos outros disparates. Por isso, é de recordar o poeta e escritor que foi também um grande batalhador contra a desvirtuação da ortografia portuguesa, reunindo argumentos de peso no seu combate, incluindo alguns de ordem legal que deveriam ser tidos em conta para evitar a flagrante ilegalidade que é pretender obrigar a usar a ortografia adulterada em departamentos do Estado e principalmente, o que mais me dói, nas escolas.

Estou com Tavares Moreira, quando, num comentário a um post de Margarida Corrêa de Aguiar, diz:

«A melhor homenagem que poderemos tributar, de forma perene, ao grande português Vasco Graça Moura é continuar a escrever, tranquilamente (como sempre faço), em total indiferença a esse obnóxio acordo ortográfico

Assim farei.

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