quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Integração de novos alunos sem praxes

Muito se tem falado de praxes nas universidades nestes últimos tempos. Dei brevemente a minha opinião e, a menos que haja novos desenvolvimentos, não tenciono voltar ao assunto, porque já muito foi dito, muito com que concordo e algumas coisas com as quais já não concordo tanto. Mas há um aspecto que merece um comentário ditado pela experiência pessoal na questão da integração dos novos alunos na Universidade. Tem sido apresentado como um dos aspectos positivos das praxes académicas a promoção desta integração. Os caloiros seriam apoiados pelos veteranos para melhor se integrarem na vida académica. O que tem sido mostrado sobre as praxes aplicadas aos caloiros faz duvidar bastante desta afirmação, mas é de admitir que pode haver outros actos nesse sentido, para além das práticas humilhantes e de afirmação de dominação que têm sido mostradas. O único exemplo no sentido da integração foi mencionado pelo Presidente da Associação Académica de Coimbra no programa Prós e Contras na RTP na passada Segunda-feira, ao referir os saraus académicos que tendem a criar um ambiente mais receptivo para os caloiros. Admito que haja outros actos no mesmo sentido, mas recuso em absoluto que sem praxes a integração dos novos alunos fosse menos eficiente.

Como já disse, no meu tempo de estudante não havia praxes em Lisboa e considerávamos tais práticas uma tradição coimbrã que nos era estranha. Mas havia Semanas de Recepção aos Novos Alunos (não eram designados como caloiros por se considerar tal designação perjurativa) em todas as faculdades e institutos, com diversos actos dirigidos a apoiar a integração e a mostrar como era o ambiente estudantil.

Para exemplo, mostro a programa da Semana de Recepção aos Novos Alunos do IST referente ao ano de 1963.




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