segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Seguro confessa não concordar com o memorando

Fiquei absolutamente espantado com a confissão de Seguro de que não está de acordo com alguns pontos do memorando de entendimento que Portugal assinou e se comprometeu a cumprir. Não pelo facto em si, há certamente muita gente que não concorda com alguns pontos. Até no Governo pode haver quem discorde de certos pontos, e possivelmente mesmo o Primeiro-Ministro. De resto tem havido ajustamentos pontuais ao memorando. Mas declarar a discordância sem definir quais os pontos e dizer logo que afinal não se responsabiliza pelo conteúdo das normas acordadas porque não foi ele que assinou é uma absoluta inconveniência (apesar de conceder que não vai deixar de cumprir, mesmo não concordando). Todos sabemos que foi Sócrates e Teixeira dos Santos que puseram as suas assinaturas. Mas também sabemos que com essas assinaturas não comprometeram só o Governo e em consequência o partido que o suportava: comprometeram o País. Apesar de o PS ter mudado de líder continua comprometido com o que subscreveu. Para mais a concordância do PS na concretização das medidas do memorando é fundamental para dar credibilidade ao País perante a UE e perante os mercados. Declarações como a que ouvimos de Seguro só nos podem prejudicar.

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