quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Afinal para que serve a maçonaria?


Há dias em que todos os meus postais possíveis, mas não concretizados por falta de tempo, terminariam em pontos de interrogação. Este, concretizado, não é excepção.
Pouco sei sobre a maçonaria, mas nos últimos dias têm vindo a público numerosas informações sobre esta organização. Se bem que essas informações elucidem alguns aspectos (estrutura, regras, nomes), as questões em dúvida aumentam em vez de diminuir.
A frase mais lapidar sobre a maçonaria e o que ela hoje representa foi dita, segundo uma breve notícia de roda-pé num canal de televisão, pelo maçon Mário Soares: "A maçonaria está démodé." Mas apesar de démodé, as últimas revelações levam a crer que tem uma enorme influência na nossa sociedade actual e nos jogos de poder que influenciam a vida de todos nós.
A mim parece-me muito estranho que uma organização com base em princípios tão louváveis como liberdade, igualdade, fraternidade, obedeça a rituais que no mundo hodierno parecem ridículos, tais como usar aventais bordados, dar aos seus membros títulos que parecem saídos de literatura juvenil ou anacrónicos como "venerável" ou "cavaleiro", para dar só 2 exemplos, fazer reuniões em salas com pormenores decorativos como 3 colunas, chão em xadrez preto e branco, objectos e imagens triangulares com olhos desenhados, etc., tenha simultaneamente influência na política, nos negócios e na condução de outros aspectos importantes da sociedade. Claro que todos estes rituais e objectos têm um significado e uma justificação, mas parecem ser completamente supérfluos para os fins que a maçonaria diz prosseguir. Como podem estes senhores discutir nas suas reuniões assuntos muito sérios sem se porem a rir do modo como se vestem ou dos ritos a que se submetem?
Mas a estas considerações sobrepõe-se uma questão mais grave: Como podemos saber se perante uma decisão, uma regra, uma actuação do Governo, da AR, de uma associação ou de uma empresa, decisão essa que tem consequências sobre a nossa vida, como poderemos saber, dizia, se se trata de uma decisão independente ou se é o resultado de discussões de indivíduos que não sabemos quem são e que finalidade têm?

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