sábado, 10 de setembro de 2011

Beija-mão

É raro estar de acordo com as declarações de Vitalino Canas, mas desta vez acho que ultrapassou o limite da minha discordância para emitir um disparate de alto calibre: Ao comentar as deslocações de membros do Governo português à Alemanha e as reuniões que têm tido com a Chanceler Angela Merkel e outras autoridades alemãs, acusou-os de "irem ao beija-mão!". Não sei se o cumprimento com a Senhora Merkel foi alguma vez um beija-mão, mas é evidente que a acusação implícita não era de terem sido muito corteses, mas sim de serem subservientes. Esquece-se Vitalino Canas das reuniões e dos cumprimentos de Sócrates, enquanto Primeiro-Ministro e mais recentemente, à Chanceler alemã, cheios de sorrisos e vénias e, se não beija-mãos, pelo menos não faltaram beija-bochechas.

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