sábado, 21 de maio de 2011

Debate

Não sei quem ganhou o debate de ontem, se Passos Coelho, se José Sócrates. Não sei porque francamente não acho que um debate seja um combate em que há forçosamente vencedores e vencidos. Mas não tenho dúvidas de que Passos Coelho esteve mais seguro de si e mais pertinente nos seus argumentos.

Mas não vou na onda que ouvi repetidamente aos comentadores de que Passos Coelho surpreendeu, porque as expectativas eram baixas. Os discursos dele sempre me pareceram bem fundamentados e bem articulados, com calma e com determinação, por isso parece-me que no debate esteve como sempre, calmo e certeiro. Já José Sócrates esteve repetitivo, com uma estratégia errada e sem imaginação. Também não me surpreendeu, apenas achei que a repetição dos mesmos argumentos que lhe temos ouvido e uma estratégia de ataque constante foram muito pouco eficazes. De resto sempre me pareceu que Sócrates apresenta sempre um discurso lógico mas apenas aparentemente correcto, porque parte de premissas falsas ou viciadas para sustentar o raciocínio, chegando invariavelmente a conclusões erradas. Por exemplo, quando acusa o PSD de querer privatizar o SNS, conclui que prejudica o direito à saúde dos portugueses. A conclusão poderia ser justa se o PSD tivesse essa intenção, o que não está provado e sempre negou. Este tipo de raciocínio é uma constante e repetiu-o no debate de ontem.

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