É mais que evidente a clivagem entre o Primeiro Ministro e o Ministro das Finanças. Quando ainda há dois dias Teixeira dos Santos reafirmava em plena Assembleia da República a sua oposição à Lei das Finanças Regionais aprovada pela oposição contra a posição do Governo e do PS, Sócrates diz que, dada a situação de catástrofe na Madeira e a necessidade de acorrer com meios financeiros, nada afectará o auxílio que o Estado dará à Região Autónoma. E, para ajudar à festa, Alberto João Jardim manifesta a sua confiança na acção do Primeiro Ministro, afirma, depois da entrevista que aquele deu hoje (28 de Fevereiro) à TVI, que está absolutamente de acordo com ele, e lembra, muito a propósito, que «o Ministro das Finanças responde perante o Primeiro Ministro e perante o Parlamento», não lhe cabendo a ele, Alberto João Jardim, comentar as suas posições. Mais claro do que isto é difícil.
Aliás é evidente o enfado com que ultimamente Teixeira dos Santos responde a perguntas, seja de deputados, seja de jornalistas. Até parece que deseja ardentemente deixar o Governo, sendo apenas impedido por Sócrates, para quem a fuga daquele seria mais uma desgraça, mais um passo para o fim, mais uma tábua no caixão.
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