Os números das previsões económicas da UE sobre Portugal hoje revelados são muito inquietantes, por muito que alguns, entre os quais o principal responsável, o Ministro das Finanças, salientem que são melhores do que as previsões anteriores (o que só é válido para alguns parâmetros e não é grande consolo). A divergência com a Europa continua a aumentar. O arrastar dos défices excessivos pelo menos até 2011, o aumento do desemprego e a escalada do endividamento são de molde a fazer prever grandes sofrimentos para os portugueses.
O caso "face oculta" veio revelar indícios terríveis sobre a corrupção em Portugal atingindo altos responsáveis. E o pior é que se adivinha que muitas outras faces continuam ocultas.
No meio destas notícias nada agradáveis, o Primeiro Ministro convoca uma conferência de imprensa para dizer o quê? Que prepara novas medidas para ultrapassar a crise? Que o combate à corrupção será uma prioridade do novo governo? Não! Que está muito feliz e contente por finalmente terem sido ultrapassadas as dificuldades para a entrada em vigor do tratado de Lisboa. E manifesta o seu orgulho por o tratado ter o nome da nossa querida capital. Só Sócrates encontra motivos de contentamento, de felicidade e de orgulho no meio das desgraças presentes e das que se prevêem para o futuro. Não terá a noção do ridículo?
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