domingo, 29 de maio de 2016

A guerra das escolas não terá lugar

Não, não há uma guerra das escolas. Nem escola pública contra escola privada, nem escola privada contra escola pública. Não há nem creio que venha a haver. O que há é um acto de um ministro que prejudica algumas escolas e uma reacção de protesto contra esse acto. Ocorreu hoje uma grande manifestação que faz parte dessa reacção. Parece que alguém tomou essa manifestação como um acto contra a escola pública e pensou que era necessário responder em defesa da escola pública. Nada mais errado. Não sei se este erro foi cometido pela FENPROF, pelo PS, pelos comunistas do PCP ou do BE ou por qualquer outro grupo, entidade ou pessoa. Mas a manifestação anunciada hoje em "defesa da escola pública" é, quanto a mim, uma completa inutilidade e nasce de um equívoco. Ninguém ataca a escola pública. Se se defende a liberdade de escolha, não teria qualquer sentido atacar uma das componentes da escolha possível. Aliás a escola pública não é uma invenção dos socialistas nem de outra tendência política, não é de esquerda nem de direita, é uma realidade enraizada desde há muito em Portugal e não consta que alguém a queira fazer desaparecer. Manifestem-se, se quiserem, mas não acusem os colégios privados, os manifestantes de hoje ou os que se pronunciam em defesa da possibilidade de manter o ensino privado e do apoio estatal a este em casos que se justifiquem, de atacar a escola pública.

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