quinta-feira, 17 de março de 2016

Falta de vergonha

Em Portugal, quando um político no activo é acusado ou mesmo apenas suspeito de um crime, é costume pedir a demissão do cargo, mesmo que se julgue ou se afirme inocente. Já houve vários casos, alguns mais prontamente outros mais relutantemente. É uma regra nos países democráticos. Fazem-no para não embaraçar o governo que servem e o partido a que pertencem.

No Brasil é o contrário. Um ex-político suspeito de crimes graves, embora ainda não acusado judicialmente, mas já com ameaça de prisão, é convidado para ministro e toma posse em menos de 24 horas. Oficialmente, é porque faz muita falta no Governo, mas toda a gente sabe, de tão óbvio, que é para garantir impunidade. Que vergonha, ou antes, que falta de vergonha.

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