terça-feira, 2 de junho de 2015

Não à austeridade, sim ao rigor

António Costa tem proclamado o seu horror à austeridade e promete acabar com ela, seguindo o exemplo de Tsipras. Que tivesse assim defendido até à gloriosa vitória do Siriza na Grécia é compreensível. Que continue nessa senda quando já foi provado que não é por vontade política que se acaba com a austeridade quando o dinheiro não sobra é que já custa a aceitar. Mas, lembrando o exemplo de outro dos seus heróis, François Hollande, decidiu agora adoptar como norma política o rigor. É de louvar, embora as suas propostas avulsas, o seu projecto de programa e as linhas gerais por que se guia constantes da Proposta para a Década não revelem grande rigor. Mas afinal qual é a diferença entre austeridade e rigor. Para o avaliar vali-me do dicionário (Houaiss). Ora verifiquei, sem surpresa, que austeridade e rigor são sinónimos, assim como austero e rigoroso. Pelos vistos, António Costa não tem dicionários de português em casa. (já agora, também Hollande não tem ou pelo menos não consultou o Larousse: O meu Petit Larousse indica rigorisme como sinónimo de austerité).

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