quinta-feira, 30 de abril de 2015

Nóvoa

Não sei se os apoiantes de Sampaio da Nóvoa presentes na sessão de apresentação da candidatura às presidenciais ficaram desiludidos com o discurso do seu candidato. Penso que não; estavam iludidos e iludidos ficaram, não desiludidos. Eu também não fiquei desiludido porque já não esperava uma apresentação que me convencesse. Mas, na minha opinião, o discurso foi bonito, rebuscado, procurando causar efeito, mas pobre de conteúdo e principalmente de ideias. Pouco me disse sobre o que se poderá esperar da acção do candidato como eventual futuro Presidente da República e, apesar disso, para quem começou por anunciar que não se intrometeria na área legislativa, com demasiadas referências exactamente à área em que não se pretende meter. Houve mais críticas ao actual Governo do que ao actual Presidente. Fixei uma frase: "Que política é esta que depois da crise anuncia mais crise?" Quem anuncia mais crise? O Governo? Então não é criticado pelo excessivo optimismo? E as medidas preconizadas pelo PS não vão, embora com diferenças substanciais, também no mesmo sentido, ao repor o poder de compra de funcionários e pensionistas paulatinamente, embora com um pouco mais de velocidade? E quando aludiu à "destruição do estado social" foi criticado até por Bagão Félix que lembrou que o Estado ainda gasta 40 000 milhões de euros com as funções sociais como a saúde e a educação. Numa palavra, para lançamento de campanha pereceu-me fraquinho.

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