segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Novo Banco e teorias de conspiração

A saga do BES e do seu filho mais novo, Novo Banco, que talvez seja afinal o seu gémeo, tal como no filme Gémeos com Schwartzenegger e DeVito, sendo evidentemente o BES o gémeo interpretado por DeVito e o Novo Banco o de Schwartzenegger, a saga, dizia eu, ainda parece longe de terminar. Mas a saída de Vítor Bento, a sua substituição por Stock da Cunha e as pripécias que precederam esta reviravolta têm dado origem aos mais díspares comentários. Ouvindo Marques Mendes, Camilo Lourenço, José Gomes Ferreira e outros, ouvem-se tantas explicações diferentes quantos os comentadores, com acusações dirigidas tanto a uns como a outros dos intervenientes no processo. E o ponto comum a quase todas as explicações dos factos ocorridos, por vezes com previsões dos que ainda estão para ocorrer, é a teoria de que a depreciação do valor do Novo Banco é inevitável, está a dar-se a velocidade acelerada e, o que é mais importante, é propositada. Qual a razão para esta malvadez? Segundo alguns, com ligeiras variantes, é de que a depreciação do valor do banco tem como finalidade dar uma vantagem ao potencial comprador. Seria portanto resultado de uma conspiração entre um ou mais candidatos à compra do Novo Banco e os que estão a criar as condições para que o valor deste diminua.

Quanto a mim, esta teoria é disparatada: Que vantagem pode ter o comprador em comprar barato se esta baixa de preço resulta de uma diminuição do valor real? O caso parece-me muito mais complicado do que estas visões simplistas. No entanto, eu não tenho qualquer explicação alternativa nem previsões do que pode vir a acontecer. Esperemos calmamente os próximos dias e talvez os próximos anos para vermos o que se vai passar e, talvez, compreendermos melhor as verdadeiras razões do que está a suceder.

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