domingo, 15 de dezembro de 2013

74

Tudo me espantou no caso dos 74 alegados sírios que chegaram a Lisboa num avião da TAP vindos de Bissau. Logo porque não julgava possível na actualidade o facto em si de na Guiné-Bissau coagirem a tripulação da TAP a aceitar no voo os 74 indivíduos, apesar de terem sido detectados sinais de contrafacção nos passaportes. Mas o que mais me espantou foi o facto destes indivíduos, pelos vistos indocumentados, visto que os documentos que apresentaram são considerados falsos, terem sido autorizados a entrar e permanecer no território nacional e a circularem livremente pelo País. De vez em quando há notícias de que estrangeiros indocumentados são expulsos do País; como é possível que estes tenham tratamento especial? Depois chocou-me saber que estão hospedaddos e alimentados a expensas do contribuinte português com direito a dieta especial sem porco "devido à sua cultura"; com direito a serem servidos à mesa por criadas fardadas, quando em qualquer cantina de empresa ou nos restaurantes de "pronto a comer" o cliente tem de levar a sua bandeja para a mesa. Justifica-se este tratamento de VIP a pessoas que entraram ilegalmente no País, de que não se sabe ao certo a nacionalidade nem a verdadeira proveniência nem porque estão cá e não num dos países por que passaram na sua deambulação? Merecem mais do que os sem-abrigo a quem se dá um jantar pago por caridosos e por mecenas uma vez por ano pela época do natal? Merecem hospedagem e alimentação grátis quando não se sabe se são verdadeiramente carenciados, quando há tantos carenciados em Portugal?

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