quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Tomates

Eu sei que o blog Blasfémias é visto diariamente por muitíssimas mais pessoas do que o meu modesto blog. Mas não resisto a transcrever do Blasfémias a opinião justa sobre a gestão financeira da tomatina e a posição política de quem é responsável por aquela:

«não há tomates grátis
28 Agosto, 2013
por rui a.

A Tomatina da cidade espanhola de Buñol, a mais célebre festa mundial do tomate, que se realiza há quase setenta anos, custa à edilidade que a promove cerca de 140 mil euros anuais. A festa era, até este ano, gratuita e participada, em média, por 40 mil pessoas oriundas de todas as partes do mundo. Por estas e outras medidas de má gestão cometidas ao longo dos anos, o pequeno município tinha acumulado, em 2012, dívidas que ascendiam a 4,1 milhões de euros e não tinha dinheiro para as saldar. A solução encontrada pela municipalidade (por sinal nas mãos da coligação EUPV, onde está o próprio Partido Comunista de Valencia) para resolver o problema da festa foi óbvia: privatizá-la. A partir deste ano cada ingresso passou a custar 10 euros, podendo esta receita transformar um prejuízo anual num lucro muito apreciável para o município. À sua própria custa, a cidade de Buñol e a Esquerda Unida de Valencia aprenderam que não há tomates grátis e que, afinal de contas, o capitalismo funciona melhor que o socialismo. Nem tomates nem coisa nenhuma, já agora.
»

Por mim, preferiria que o estranho espectáculo fosse definitivamente suprimido (embora haja espectáculos que mereciam mais essa pena, como o caso das touradas). A tomatina é de um mau gosto atroz. Mas se não é possível ou conveniente acabar de uma vez com ela, pelo menos que se aplique o princípio do "utilizador = pagador".

Sem comentários: