sábado, 30 de julho de 2011

Nomeações: escandalosas ou normais?

Os órgãos de comunicação informam que o novo Governo fez 235 nomeações para os gabinetes ministeriais. Lê-se nos jornais e ouve-se na TV em tom sensacionalista. E logo se ouvem comentários a criticar esta onda de jobs for the boys, a afirmar que afinal são todos iguais, a concluir que as promessas eleitorais foram quebradas. Será assim? Francamente a informação que me foi dado recolher não permite saber se estas nomeações são escandalosas ou se são absolutamente normais. É altamente positivo que estas nomeações venham listadas no sítio do Governo, com nomes, cargos e vencimentos, mas não se incluem as informações que permitiriam julgar do escândalo ou da normalidade.
Seria necessário saber:
- Os números são anormais? Os governos anteriores nomearam mais ou menos?
- É ou não normal que um governo novo que toma posse proceda a estas nomeações?
- Os cargos são novos ou vêm substituir tantos outros anteriormente nomeados que cessaram funções? (Pelos cargos, parece que se trata de substituições, veja-se o caso dos chefes de gabinete.)
- São entradas novas para funções públicas ou são funcionários públicos que tomam posse em novos cargos destacados ou em comissão de serviço?
- Os anteriores detentores de cargos equivalentes eram ou não funcionários em comissão de serviço que voltaram para as suas funções anteriores?
- Os salários são idênticos ou superiores aos praticados pelo governo anterior?
- No caso de funcionários em comissão de serviço vêm ganhar mais ou o mesmo?
- Qual é o acréscimo de despesa total em relação à situação anterior?
Se alguém me souber responder a estas questões, então poderei emitir opinião sobre a bondade destas nomeações, até lá dispenso comentários.

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