quinta-feira, 10 de março de 2011

É a guerra!

Não, não me refiro à Líbia, onde, infelizmente, também há uma guerra mortífera entre um tirano e um povo que anseia por liberdade. A guerra a que me refiro agora é a declarada entre o Presidente da República recém reeleito e o partido do Governo. O discurso de tomada de posse do PR para o segundo mandato foi sentido pelo PS como um ataque. Um discurso inesperado, mas correctíssimo, rigoroso e certeiro. Todas as críticas que ouvi de diversos quadrantes pareceram-me descabidas. A mais importante, porque adiantada logo a seguir ao discurso pelo PM, foi a que apontava como uma falha a ausência de menção da crise internacional como causa da nossa crise, já que, segundo Sócrates, crise idêntica é sentida por toda a Europa. Esta declaração vem na sequência da constante dos discursos do PM que sempre que tem de falar nas dificuldades financeiras que atravessamos faz questão de afirmar que são consequência da crise internacional.

O certo é que as reacções de diversos elementos do PS mostraram o quão desagradados ficaram com as palavras, certamente duras mas justas, do PR. Estas reacções, mais do que o discurso, mostram que o clima de guerra está instalado. Aguardam-se os próximos capítulos.

PS: Muito certeiro o postal sobre o diagnóstico feito no discurso publicado no Quarta República.

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