Fiquei verdadeiramente espantado com o relato feito por Mário Crespo da descrição do interrogatório a que foi sujeito António José Saraiva. Além do inusitado da convocatória para um Centro de Reinserção Social, chocaram-me e preocuparam-me as questões postas ao inquirido sobre o que pensava do segredo de justiça e de outros aspectos, além de outros pormenores cada qual mais inesperado e chocante. Já se fazem em Portugal interrogatórios sobre opiniões!
Só me veio à memória Kafka e um romance inédito escrito pelo meu filho aos 18 anos que começa com um interrogatório a um honesto consultor fiscal em circunstâncias estranhas. Mas esta realidade ultrapassa a ficção. Espero reacções.
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