O convite dirigido pelo PS ao PS venezuelano, seja, como afirma o Sol de hoje, directamente ao presidente Chávez, seja, como afirma Vitalino Canas no desmentido desta notícia, ao partido que este dirige, significa que Sócrates encontra afinidades políticas entre os dois PS's. Não se trata obviamente de diplomacia, como poderia ser o caso de um convite do governo, não se trata de tratar com deferência um eventual fornecedor de petróleo e cliente de Magalhães. Um convite a nível partidário tem a ver com ideologias. É certo que também convidaram um partido venezuelano da oposição, cuja tendência política desconheço. Digamos que talvez este convite simultâneo constitua uma atenuante ao dirigido a Chávez (ou ao seu partido). No entanto, mesmo que todos os outros partidos venezuelanos tivessem tido a honra de também receberem convites, o simples facto de tomar a sério, a nível ideológico e partidário, uma figura controversa como Chávez e o seu partido é só por si significativo. Significa, quanto a mim que a ideologia do PS de Sócrates é a do oportunismo e do mero intertesse de projecção internacional, sem olhar a princípios.
Foi ainda noticiado que também foi convidado um partido da China, que não é difícil adivinhar qual seja, já que neste tão democrático país só o Partido Comunista tem direito de existir.
Digamos que o PS de Sócrates procura estar muito bem relacionado. Espero ver a lista completa dos convidados.
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