sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Condenados à mediocridade

As previsões de Outono da UE são de molde a deixar-nos apreensivos. Em todos os aspectos são mais negativas do que as previsões do Governo, que já não se atreviam a prometer grande futuro. Em particular, o crescimento será anémico (0,9% em 2016, 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018), isto é, em 2017 e 2018 cresceremos menos do que a média da UE e da Zona Euro e muito menos do que a Grécia e do que Chipre . Além disso, continuaremos a apresentar défices consideráveis (2,7% em 2016, 2,2% em 2017 e um regresso ao aumento de défice em 2018 para 2,4%). Portanto a dívida pública continuará a aumentar. E em consequência o serviço da dívida deverá ser superior, a não ser que um milagre fizesse reduzir as taxas. Até quando? O nosso querido PM está muito contentinho por sairmos do processo de défice excessivo. Mas não consegue explicar porque é que o célebre princípio de crescimento pelo consumo falhou redondamente. Estamos condenados à mediocridade. Quem nos pode dar um pouco de esperança de mudar de rumo?

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