quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Quem nos salva, já que não sabemos salvar-nos?

Mais uma vez, não resisto a citar o 4R, sobre a degradação acelerada das finanças nacionais:

"No espaço de uma semana, não podiam ser piores as notícias para Portugal. Foram anunciados o maior desemprego de sempre e o maior risco de sempre para a dívida pública portuguesa.
Governar o país é difícil. Mas o primeiro dever do Governo deveria ser o de contar a verdade aos portugueses, em vez de estar sempre a iludi-la ou negá-la como sistematicamente fazem Sócrates e os seus ajudantes. Ou até de mentirem, mostrando triunfalismos saloios e absurdos sobre a evolução dos principais dados da economia.
Sem a verdade, não se mobilizam energias para a tarefa da recuperação.
Mas a quem tanto mentiu e persistiu na mentira, é impossível falar verdade, por uma vez que seja. Até porque equivaleria a confessar o erro, a mentira e o fracasso.
Nada, pois, há a esperar deste governo, a não ser sucessivos recordes negativos do desemprego e da dívida. Até que os credores se recusem a financiar e os desempregados derrubem o governo
."

É por notícias como esta que até considero positivo para o país que tenha sido aprovada a vigilância de Bruxelas sobre os orçamentos nacionais. Perdemos soberania, é certo, mas só porque não a soubemos merecer. Em vez de desembarcarem no Figo Maduro os homens (ou mulheres) do FMI, como o Prof. Medina Carreira esperava, teremos os alemães a impor-nos as regras que nos vão fazer doer, mas que podem endireitar as nossas finanças, como em tempos fez o Professor António, o que veio de Coimbra.

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