No blog Porta da Loja lamenta-se que uma declaração importante de Passos Coelho não tenha merecido a atenção da comunicação social. A declaração é: "Quem é que põe dinheiro num país dirigido por comunistas e bloquistas?"
Diz "josé" à Porta da Loja: «Nenhum jornal nacional de relevo se dignou mencionar em primeira página tal questão.
No entanto essa é uma das questões magnas na sociedade portuguesa
actual, perceber a natureza do regime que temos, das contradições
ideológicas que o atravessam e no final de contas compreender porque se
chama geringonça a uma organização de governo com apoio parlamentar de
partidos que não comungam ideologicamente dos mesmos propósitos e se
encontram em campos opostos no modo de entender a sociedade e a
política. A democracia não poderá funcionar sem problemas de maior se
existir no seu seio quem queira acabar com a mesma, tal como é entendida
na Europa ocidental.
O PCP, apesar dos aggiornamentos de décadas continua o mesmo de sempre e que levou Álvaro Cunhal a garantir a uma jornalista italiana do L´Europeo
( Oriana Fallacci) que Portugal jamais teria uma regime parlamentar
semelhante ao da Europa ocidental. O PCP não mudou uma vírgula nesse
entendimento ideológico de fundo; apenas de táctica, por muito que o
deneguem, como aliás fizeram mentindo sobre aquele propósito declarado.
O BE, como se extrai das declarações avulsas dos seus líderes é um
partido revolucionário, trotskista que se vai adaptando ás condições
objectivas que encontra, oposto em muitas coisas ao PCP mas similar no
desiderato: o socialismo não democrático.
Tanto o PCP como o BE são partidos de esquerda marxista com ideias muito
afastadas das dos demais do espectro político no que se refere à
organização económica da sociedade.»
Nem mais.
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