quinta-feira, 31 de maio de 2018

Alguns sinais

Lido aqui e ali:

As exportações desaceleraram mais do que as importações e o investimento em construção travou a fundo, diz o INE

gastos em bens duradouros "abrandaram

formação bruta de capital fixo (FBCF) abrandou

economia portuguesa cresceu 0,4% no primeiro trimestre / contributo negativo da procura externa líquida

Subida do petróleo tira 0,1 pontos ao PIB português

há riscos externos e internos que ameaçam Portugal. A nível internacional, o FMI aponta para um “aumento da incerteza política em alguns dos países parceiros de Portugal”, bem como para a “volatilidade” dos mercados obrigacionistas e cambiais. “Isto é um lembrete de que as condições externas, ainda que maioritariamente favoráveis, podem tornar-se desfavoráveis”, diz o FMI. Já a nível interno, Portugal apresenta ainda o elevado nível de endividamento, pelo que “surpresas” nas taxas de juro podem ter um impacto relevante sobre a economia.



Há que ter em atenção estes sinais.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Acabou

Ainda pensei na hipótese, quando da rendição da liderança no PSD, de dar o benefício da dúvida a Rui Rio. Agora não há qualquer dúvida nem qualquer benefício. Para mim, acabou.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Blog 4R

4R Quarta República

Que se passa com o blog 4R, que já reuniu peças fundamentais para compreender o descalabro da nossa democracia. Nos últimos tempo só lá escreve Pinho Cardão, e mesmo este sem grande frequência. É ou era um blog de referência, mas agora vê-se definhando por falta de colaboração.
JM Ferreira de Almeida, Margarida Corrêa de Aguiar, Massano Cardoso, Miguel Frasquilho, Suzana Toscano,Tavares Moreira, David Justino: de que estão à espera? Já não se passa algo na política que suscite o vosso comentário?
Ou será que os cargos que ocupam lhes roubam tempo para escrever 4 linhas no 4R?

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Sócrates sempre

O caso Sócrates volta ser actual a espaços. Tem passado por várias fases, desde os escândalos ou os casos duvidosos durante o seu governo, passando pela estadia em Paris num luxuoso apartamento, que não se sabe a quem pertence, pela publicação de um livro cuja venda em grandes quantidades foi amplamente comentada, e finalmente pela fase judicial, pela prisão, pelos interrogatórios, pelas visitas dos diferentes sectores do PS à prisão, cada um com a sua história, pela a liberdade condicional, pelas sessões com apoiantes, voltando agora a ser notícia por causa das declarações dos principais dirigentes do PS, que decidiram, finalmente, que a presença de Sócrates no PS só podia prejudicar o partido. Foi nitidamente uma operação consertada enquanto o primeiro-ministro estava no Canadá (e provavelmente decidida antes da partida do PM para essa visita). O Presidente do PS, atacou com força, as declarações de António Costa foram mais brandas, mas não menos corrosivas. Outros dirigentes tiveram posições diferentes, e algumas até de defesa do ex-PM, mas essas não tiveram eco. O mais interessante foi a troca de palavras entre Fernanda Câncio, num artigo de opinião fortemente arrasador da própria personalidade do seu ex-namorado, e as reacções que esse artigo gerou, chegando a ser classificado de "nojo". Não vou referir exaustivamente as intervenções a favor e contra estas posições, mas tratou-se de um verdadeiro combate de palavras que não sei se já se poderá dar por terminado.

Mas para mim, todas estas peripécias são secundárias tendo em atenção o aspecto político da governação do Sr. José Sócrates Pinto de Sousa. Como eu disse em 2017, considero que os erros cometidos durante o tempo em que este senhor governou o País mereciam um castigo violento. Repito que acho correcto que a má governação seja paga nas urnas, mas é preciso reconhecer que não é a má governação que está a ser julgada em tribunal, e, portanto, por muito que os crimes de que Sócrates é acusado levem a uma pena pesada, os erros de governação, que tanto mal causaram a Portugal, continuarão impunes. E, o mais grave, não me parece que esses erros tenham sido erradicados do PS, apesar dos ataques que os principais dirigentes do PS desferiram. Estes tinham por fim evitar que o PS seja prejudicado nas próximas eleições, e mais nada.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

O milagre económico desmascarado

Luís Ribeiro escreve no Observador um artigo que destrói completamente a lenda do milagre económico de Centeno. Desde o mito do fim da austeridade até ao do menor défice da democracia, tudo é desmascarado com dados fiáveis e bem explicados. A conclusão é óbvia: "Centeno conseguiu resolver os problemas da geringonça e os da Europa, mas sem qualquer contribuição para resolver o problema nacional. Merece ser Presidente do Eurogrupo, mas não ministro das Finanças." Mas não aconselho ninguém a ficar pela conclusão: é aconselhável ler o artigo completo.