Ainda ontem escrevi aqui sobre a falácia de atribuir a responsabilidade do empobrecimento de Portugal nestes últimos anos à Troika, falácia em que cai, segundo a sondagem da Católica, a maioria dos portugueses. As declarações de responsáveis europeus, ouvidos perante a comissão parlamentar do Parlamento Europeu que investiga a actuação da Troika, ajudam a situar a questão no enquadramento correcto. Durão Barroso lembrou que os programas de ajustamento aplicados em Portugal, Grécia, Irlanda e
Chipre "não marcaram o início da crise, mas o princípio da sua
resolução". Por sua vez, Olli Rehn declarou: "Tivemos discussões com o ministro das finanças de Portugal muito, muito
antes de Portugal ter solicitado um programa, porque era bastante claro
já em determinado momento de 2010 que, a menos que Portugal tomasse uma
acção forte em relação a reformas económicas e a consolidação
orçamental, iria enfrentar custos de financiamento proibitivos e
enfrentaria a ameaça de ficar de fora do financiamento nos mercados, o
que acabou por acontecer no início de Abril de 2011 e conduziu ao
programa". Perante estas declarações tão claras, parece indispensável questionar Teixeira dos Santos porque não tomou medidas mais cedo para evitar o descalabro financeiro. Mesmo que tenha sido Sócrates que impediu Teixeira dos Santos de inverter a estratégia económica, o ministro continua responsável pela sua acção, já que continuou até à véspera da banca rota a cumprir as ordens do PM.
1 comentário:
Boa tarde, gostaria de o convidar para colaborar com um projecto online. Estive à procura do seu email mas não o consegui encontrar, pelo que lhe peço que me contacte para pjunqueiralopes@letra1.com por forma a que possa explicar-lhe em que consiste este projecto.
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