(...) Ao
contrário de todos os outros, e por única e exclusiva culpa de um deles
(José Sócrates), Passos Coelho teve de gerir um país à beira da
bancarrota, focado que estava em cumprir um único programa de
ajustamento para evitar repetir a tragédia da Grécia. Tudo ao mesmo
tempo que reconstruia o tecido económico nacional com um enfoque
estratégico no sector exportador de valor acrescentado que permitisse um
equilíbrio sustentável da nossa Balança de Pagamentos, que construía
reformas importantes na legislação laboral para atraír investimento
direto estrangeiro, que criava uma legislação no arrendamento que acabou
com décadas a fio de iniquidades derivadas do congelamento das rendas
que promoveu o abandono e a decadência dos nossos principais centros
urbanos e que liberaliza sectores estratégicos da nossa economia de
forma a combater o desemprego e a promover o progresso económico.
Mais do que o “não” a Ricardo Salgado para envolver a Caixa Geral de Depósitos na viabilização de um Grupo Espírito Santo falido — o que permitiu-lhe ser coerente e consequente com um pensamento económico liberal que não vê o Estado como o motor da economia ou como o salvador promíscuo de empresas inviáveis a troco de um controlo político de instituíçoes que devem orientar-se pelo valor que criam para os seus acionistas — mais do que esse fundamental “não” que muito poucos seriam capazes de dizer, um dos contributos mais importantes de Passos Coelho para um aprofundamento da democracia portuguesa foi a construção de uma Justiça verdadeiramente independente que pôde finalmente cumprir o seu papel: escrutinar todos aqueles que se julgavam acima da lei e investigar tudo o que fosse necessário independentemente do poder político, social e económico dos respetivos protagonistas. (...) Em suma, estou com os que reconhecem a justeza da política de Passos Coelho. Temo que Portugal não o tenha merecido.
Mais do que o “não” a Ricardo Salgado para envolver a Caixa Geral de Depósitos na viabilização de um Grupo Espírito Santo falido — o que permitiu-lhe ser coerente e consequente com um pensamento económico liberal que não vê o Estado como o motor da economia ou como o salvador promíscuo de empresas inviáveis a troco de um controlo político de instituíçoes que devem orientar-se pelo valor que criam para os seus acionistas — mais do que esse fundamental “não” que muito poucos seriam capazes de dizer, um dos contributos mais importantes de Passos Coelho para um aprofundamento da democracia portuguesa foi a construção de uma Justiça verdadeiramente independente que pôde finalmente cumprir o seu papel: escrutinar todos aqueles que se julgavam acima da lei e investigar tudo o que fosse necessário independentemente do poder político, social e económico dos respetivos protagonistas. (...) Em suma, estou com os que reconhecem a justeza da política de Passos Coelho. Temo que Portugal não o tenha merecido.
1 comentário:
O que eu me ri com esta posta. Boa malha.
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