Não vi a entrevista de Krugman na íntegra, mas do que vi pareceu-me útil sublinhar 3 ideias:
1) Krugman criticou a rigidez de Bruxelas e o excesso de austeridade que resulta dessa rigidez. Chegou a afirmar que "Um ponto no PIB não vai fazer diferença, mas pode tornar os custos mais toleráveis para as pessoas". Não referiu que "um ponto no PIB" fará aumentar o défice e a dívida, custo que terá de se pagar mais tarde. Mas sublinhou que a flexibilidade que advoga “não significa uma licença para um gasto descontrolado”.
2) Afirmou também que não é conveniente falar em negociação da dívida e que a dívida portuguesa é "gerível" (entrevista na TV).
3) Elogiou ainda o Banco Central Europeu, “liderado por pessoas inteligentes e observadores, com consciência dos riscos e que estão a tentar fazer tudo o que podem”.
Desconfio que muitos admiradores ou seguidores de Krugman aplaudirão a primeira ideia mas não gostarão muito das outras duas.
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